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A evolução do setor elétrico brasileiro

Os equipamentos elétricos mudaram a forma com que as pessoas se relacionam umas com as outras. Com o passar dos anos, novas tecnologias são criadas e introduzidas em nossas vidas. Todas essas mudanças só aconteceram graças à energia elétrica.

Ela alimenta os sistemas em nossas cidades, ilumina as nossas casas e impulsiona o crescimento de várias empresas. Em vista disso, um engenheiro eletricista tem um importante papel no futuro de nossa sociedade.

Esse profissional deve se manter atualizado com as novidades do mercado, a fim de aplicar novas soluções em sua rotina de trabalho. Além do mais, é preciso conhecer a evolução do setor elétrico brasileiro.

Com essas informações em mãos, você consegue encontrar respostas para os problemas mais comuns e aproveitar as oportunidades em um bom gerenciamento de energia elétrica. Por esses motivos, este post vai contar um pouco do histórico nacional e quais são as questões mais importantes sobre esse assunto. Confira a seguir!

Qual é o histórico do setor elétrico brasileiro?

O início da década de 1900 foi fundamental para a evolução do setor elétrico brasileiro, pois o desenvolvimento de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, exigiu investimentos de capital estrangeiro para a criação de companhias elétricas.

Antes desse período, a participação da eletricidade era inexpressiva. A iluminação pública utilizava candeeiros a óleo de baleia e iluminação a gás também foi utilizada.

A década de 1920 foi marcada pela industrialização, fazendo com que o número de usinas hidrelétricas crescesse. O processo de urbanização se intensificou ao final da Segunda Guerra Mundial e fez com que a oferta de energia não fosse suficiente para suprir a demanda.

Além disso, o êxodo rural deu início à mudança de um país agrário para uma nação urbana e industrializada. A região sudeste apresentou um grande crescimento populacional nessa época. Com isso, o Governo criou a Central Elétrica de Furnas e a Hidrelétrica do Vale do Paraíba.

A década de 1980 foi marcada pela construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Ela é a líder mundial em produção de energia limpa, produzindo mais de 2,5 bilhões de megawatts-hora.

Os anos 2000 trouxeram a crise do racionamento elétrico por causa das condições meteorológicas desfavoráveis no sudeste do país. Hoje em dia, a Agência Nacional de Energia Elétrica é responsável por regulamentar todo o sistema dentro das competências legais.

Quais são os seus principais problemas?

Instituto Acende Brasil mostra dados alarmantes sobre o consumo de energia em nosso país. O roubo elétrico — também chamado de “gato” — é o principal obstáculo a ser superado.

Em 2015, o prejuízo foi superior a R$ 8 bilhões. Percebe-se que é necessário mudar a realidade nacional ao comparar esse valor com outros assuntos em alta nos noticiários.

Por exemplo: a Petrobrás teve que declarar R$ 6,2 bilhões em baixas contábeis no mesmo ano, devido ao escândalo de corrupção investigado pela Polícia Federal. Contraponto esses dois valores, evidencia-se que há algo errado no setor energético em nosso país.

No final das contas, as concessionárias têm dificuldades para repassar o prejuízo ao mercado e infelizmente os consumidores honestos acabam pagando pelos erros dos infratores.

A região norte do Brasil é aquela que apresenta a pior situação. A Amazonas Energia afirma que 32,5% da energia distribuída no estado é consumida por instalações ilegais. Outras áreas também sofrem com o mesmo problema.

Na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, 40% da carga é desviada por gatos. Segundo a Light, distribuidora responsável na região, a tarifa seria 15% mais barata se todas essas questões fossem resolvidas. Além disso, 20% de toda energia furtada no Brasil está na área de concessão da Light.

Outro ponto muito importante está relacionado à reforma do setor elétrico previsto pelo Governo Federal. Se o documento do Ministério de Minas e Energia for aprovado sem alterações, o consumidor sofrerá grandes impactos. Entidades e pesquisadores afirmam que o tempo de retorno do investimento em sistemas de geração solar própria pode dobrar ou se tornar inviável.

Enquanto isso, outras nações caminham em direção contrária e fomentam a utilização de sistemas fotovoltaicos e outras soluções sustentáveis, seja reduzindo as tarifas tributárias, seja investindo nesse setor.

O que esperar para o futuro?

Apesar de todos esses problemas, ainda existem várias oportunidades para um engenheiro eletricista encontrar o caminho do sucesso. Esse profissional deve utilizar práticas corretas, que fomentam o uso de tecnologias e estratégias que visam o consumo sustentável.

Hoje em dia, as redes inteligentes de energia são tendências no mercado. Elas garantem uma distribuição mais segura e eficiente, que integra sistemas e possibilita o controle a todos os usuários que estão conectados. Em meio a esse cenário, cria-se a imagem do prosumidor, que é um personagem responsável pela criação e o consumo de energia em uma só unidade.

Equipamentos de telemetria e diversos tipos de sensores são utilizados para monitorar o consumo de energia a todo momento. Dessa forma, as concessionárias recebem informações em tempo real sobre tudo o que acontece na rede.

Além do mais, esse ponto da evolução do setor elétrico brasileiro facilita a identificação de fraudes, problemas e gargalos que atrapalham o desempenho dos sistemas. De qualquer forma, todos os envolvidos saem ganhando pois a possibilidade de um consumo mais racional e justo é essencial, já que a sustentabilidade é muito importante para o futuro das próximas gerações.

Com isso, os sistemas SCADAS ganham cada vez mais importância nessas horas. Eles proporcionam o monitoramento em tempo de tudo o que acontece nos serviços de uma concessionária. Acompanhar à distância é uma das características fundamentais para o sucesso da distribuidora, além de futuramente a utilização de equipamentos de corte e religa de clientes remotamente, até mesmo em média tensão.

Saiba, também, que existem estudos para a utilização de rede híbridas para a transmissão de energia elétrica e a transferência de dados em banda larga. Consequentemente, será possível ter infraestruturas de alta tecnologia, que atendam várias demandas do mercado em um só lugar.

O uso de técnicas eficazes de combate as perdas (técnicas e comerciais), somado com a adoção de práticas modernas de gerenciamento de equipe e gestão financeira, garantem o sucesso da distribuidora de energia e consequentemente impulsiona o desenvolvimento de todo o Brasil.

Dessa maneira, você deve fazer uma pesquisa de mercado e encontrar parceiros que estão alinhados aos seus objetivos. Utilize equipamentos que ajudam no monitoramento de consumo de energia, indicando informações em tempo real sobre a medição. Não se esqueça de que essa tecnologia combate os furtos e outras fraudes que possam existir.

E então, gostou do nosso post? Descobriu a importância da evolução do setor elétrico brasileiro? Agora, assine a nossa newsletter e fique por dentro das novidades e a importância das tecnologias para o bom desempenho elétrico nacional.

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